Um dos principais textos fundadores do anarquismo (ou esquerda libertária), como lhe quisermos chamar.
O ênfase de Campos, Fábricas e Oficinas, escrito por Pedro Kropotkin em 1911 é na organização de um modelo de produção libertário, e de esquerda, com ênfase na auto-suficiência e produção local, eliminando a necessidade de um Estado, ou governo central, importações e exportações. Posiciona-se na oposição aos modelos pensados por Trotsky, Lenine e Estaline, que defendiam produções centralizada.
Analise-se face ao que nos diz o atarantado (ou propositadamente revisionista) Henrique Raposo:
"Existe um conjunto disperso de pessoas que se juntou ao BE devido às causas - óptimas, aliás, - da “esquerda libertária”: direitos das minorias, ambiente, etc. As causas do pós-materialismo. O problema é que este BE libertário está a ser suplantado por um BE comunista hard core, assente num populismo reaccionario idêntico ao PCP. Há dias vi pessoas ligadas ao BE a defender as hortas no centro da cidade? Que coisa tão salazarenta! A hortazinha “natural”, “portuguesa” contra os produtos de fora e industriais.
Pois. Salazarento. Não sabe o pobre Henrique que o bairrismo é oposto ao patriotismo, e muitas vezes, aliado do cosmopolitanismo. Veja-se o caso da horta popular gerida pelas miúdas do GAIA em colaboração com os habitantes da Mouraria. Bairrista. Cosmopolitanista. Libertária.
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Campos, Fábricas e Oficinas
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11 comentários:
"a minha marcha é linda" vs "o que está a dar" é comprar no chinês e abastecer no Lidl
esqueci-me de dizer que ambas as opções padecem de falta de educação (no sentido de formação de cidadania)
comprar no chinês e abastecer no Lidl ainda vejo como ... já " a minha marcha é linda " ...
O link para a "horta popular" parece quebrado. E o do Diário de Noticias também
Mas o que é que este imbecil faz na vida? Já li algumas coisas dele no Expresso.
Hoje em dia, pelos vistos, qualquer idiota tem coluna de opinião num jornal de grande circulação.
Hoje em dia são, sobretudo, os idiotas que tem lugar no jornalismo de grande circulação. Sobretudo os idiotas alinhados, como este é exemplo maior.
Esta alergia bacoca a hortas urbanas que tenho visto por aí, só me faz lembrar a oposição à bicicleta.
Um país novo-rico que quer ser moderno, mas cuja ideia de modernidade está perdida na história. Um país que acha que ser moderno é não fazer "coisas de pobre"..
Pobres de espírito
Miguel Madeira: obrigado. O link para a notícia do diário de notícias está corrigido. O outro também está correcto mas o site está offline (é para o Indymedia, que como deves saber está constantemente a sofrer ataques).
Eu não sei o que me irrita mais neste Henrique Raposo, se o ar boçal e doutrinário com que analisa o mundo ou o falta de propriedade para o fazer, já que, como ficou provado por várias vezes, não faz ideia daquilo que está a falar.
Às vezes dá ideia que descobre coisas no seu ver erradas e vai a correr concluir da falta de liberalismo e dos socialista.
exemplo: não há nuclear em portugal? a culpa é da tímida oposição ambientalista dos anos 80.
etanol feito de milho e preços da comida a subir? culpa dos ambientalistas!!!!
hortas distribuídas ? comunismo salazarista trotskista!!!
e depois há outras, como a presunção de que o protocolo de quioto foi feito para prejudicar os países em desenvolvimento (ya ya, aqueles que receberam balúrdios em créditos de carbono e que foram os primeiros a querer aderir)
Podia jurar que Henrique Raposo não se dá ao trabalho de ler documentos ou obter informação sobre o que pensam os seus adversários. A sua imaginação chega-lhe.
«ênfase na auto-suficiência e produção local, eliminando a necessidade de um Estado, ou governo central, importações e exportações»
É precisamente isso que as novas tecnologias estão a começar a proporcionar: produção automatizada, à medida, com recurso a materiais e fontes de energia locais.
é uma boa banda tarique, confesso que nao a conhecia, e entao e sacred reich,prong, cryptic slaughter nao vai?
Caro Diogo:
O link dá para a versão on-line. É um livro fascinante, escrito num tom não-doutrinário mas sim científico-argumentativo. Aconselho a leres e fazeres o paralelo com as tuas ideias da sociedade tecnológde futuro (tele-trabalho, etc.)
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