No dia em que uma escaramuça de mercado foi resolvida, com o enterro final de um padrão, e os milhares de milhões de euros que o livre-mercado capitalista desperdiçou nele, veio-me à cabeça uma nova tendência na decoração, que se substituiu nos lares burgueses ao naperon de renda por cima da TV: os personagens largos e gordos:
Para as caixas mágicas lusas, raros são os programas transmitidos em formato 16:9. Os que são, os filmes, são-no com as legendas na barra inferior, ou seja, para serem vistos em formato 4:3.
Nunca vi nas salas portuguesas nenhum dos prestigiosos plasmas a transmitir imagens que não fossem infladas e tristemente distorcidas. Penso que será possível ajustá-las, mas é sabido que não é pela nitidez e qualidade da imagem que a burguesia acorre em massa aos Media Markt.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
Oh Lord won't you buy me ...
Etiquetas:
prestígio,
sociedade de consumo,
tecnologia
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3 comentários:
ha!Ha!Ha!
Exactamente!!
É um total absurdo, mas quase toda a gente gosta mais do distorcido.. É que aqui é daquelas situações onde não há discussão.
Distorcido é pior. Ponto final.
Eu tenho a mania irritante de repôr os 4:3 nessas televisões, com os óbvios e repetentes protestos de quem pagou mais para ver uma imagem achatada. "Não gosto das barras pretas laterais", é a resposta que recebo..
Bem aparecido sejas, Miguel, o homem-paciência (falo da discussão com as crianças neolibs do cidadanialx).
Bem haja! :)
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