domingo, 19 de outubro de 2008

O Canalizador



Estava a pensar naquele personagem usado na campanha presidencial americana. É mesmo suposto o cidadão comum empatizar com este "pobre canalizador" com lucros para cima de 20 000 dólares por mês?
Este mártir dos devaneios da esquerda fez-me lembrar um outro, de que se falou há uns tempos, também ele paupérrimo

4 comentários:

Anónimo disse...

Não esquecer o Cavaco, filho de quasi-mendigos de Boliqueime. Snif.

Ontem no Pros e Contras, também houve (mais um) caso estranho de "sucesso". Um tal de Miguel Júdice, era "o" exemplo de como os jovens "devem" ser empreendedores. Acho sempre muita piada a isto. É que com dinheiro à partida e relações pessoais e familiares privilegiadas à mistura, qualquer toni pode ser um "empreendedor".

Além disso, acho sempre estranho que mostrem este ou aquele como uma "prova de empreendedorismo", sem mostrarem os números. Quantos dos empreendedores objecto de reportagens no passado terão entretanto visto o seu negócio ir por água abaixo (e quantos desses estarão hoje com a corda na garganta?)?

Anónimo disse...

Mais: não há nada de filosoficamente superior em ser "empreendedor" do que em ser uma peça da engrenagem do "empreendimento". Apenas o moralismo elitista de que os empresários são deuses e que o povo é besta. Claro que os mesmos que assim pregam, vêem depois com choraminguices sobre a "pobreza", e que é preciso redistribuir e tal (mas redistribuir porquê se uns são Deuses e os outros são servos por natureza? a ordem das coisas deveria justificar-se por si mesma...).

É somente uma hipocrisia.

filipeabrantes disse...

Acabando numa nota de humor.

Há tempos ouvi (juro) uma amiga elogiar a Paris Hilton pela veia de empresária/empreendedora (por ter "mtos projectos e não se encostar à sombra da fortuna do pai", etc).

Sim, assim mesmo.

Anónimo disse...

Havias de achar piada aos fóruns e filosofia do "Startracker" (googla).

Houve aí uma palestra (a que foi o Cavaco) em que um dos oradores/motivadores era um "empreendedor" que decidiu participar numa regata importantíssima de barcos à vela. À custa de dinheiro da família (que, era obviamente, pouco). Uma estória de sucesso.