segunda-feira, 5 de maio de 2008

Receita para um Cliché

  • Começar por preparar o prato num ambiente artístico-alternativo.
  • Polvilhar com um pouco de palavreado insurgente, sem exagerar: preferir, por exemplo "rebelde" a "revoltado".
  • Algum@s pitad@as de @rrob@as a gosto, se disponíveis.
  • Juntar rastas, barbas, saias de linho, ganza e all-stars para dar consistência.
  • Marinar em kusturicas, mano chaos e o que mais ingredientes ska-patchanga.
  • Adicionar uma pitada de cosmopolitanismo sob a forma de italian@s erasmus.
  • Acrescentar um pouco de dialética socialista, mas com o cuidado de cortar o gosto intenso com umas gotinhas de pós modernismo: usar a imaginação - "precariado" em vez de "proletariado", "MayDay" em vez de "Dia do Trabalhador".
  • Provar. Se não estiver cliché o suficiente, cantar o Bella Ciao meia dúzia de vezes para aprimorar.

4 comentários:

Anónimo disse...

As italianas erasmus são burras como o caralho, mas são muito de esquerda e boas que se fartam.

Tárique disse...

À minha frente, atrás do meu monitor, está uma cientista aeroespacial italiana, ex-erasmus. Vota prodi, acho eu. É a única italiana erasmus que conheço.

Anónimo disse...

Ainda assim, Filipe, relativamente às de que fala, 2 características positivas em 3 não é nada de deitar fora :)

Anónimo disse...

Retiro já o que disse, sendo assim. Infelizmente, tive outras experiências. Mas que são boas, aí parecemos não discordar.