sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Suharto


Levado ao poder por um golpe de estado coordenado pela CIA em 1965, Suharto, que já tinha colaborado com colonos holandeses e ocupantes japoneses, decidiu purgar a Indonésia de "todo e qualquer comunista". O general Nasution sob seu comando traçou como objectivo o extermínio dos 3 milhões de membros do partido comunista indonésio. Sob orientação do homem da CIA Sarwo Eddie, paraquedistas eram lançados sobre uma região, recrutando vigilantes mercenários para, à catanada, decepar todos os que axiliassem os "subversivos" constantes em listas que transportavam consigo. A estimativa de mortos às suas mãos anda por volta dos 2 milhões, contando com os 750 mil timorenses.

O governo americano apoiou oficialmente Suharto desde o início, tendo o editorial do New York Times escrito em 1965, dois meses após o massacre de mais de um milhão de pessoas que "na perspectiva estadudinense, a subida de Suharto ao poder é uma realização positiva".

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4 comentários:

Diogo disse...

«o extermínio dos 3 milhões de membros do partido comunista indonésio»

Neste caso, um Holocausto bem real.

xatoo disse...

É imperdoável que Mr. Kissinger não seja magnânimamente entronizado neste post

Pedro Fontela disse...

estou com o xatoo... chamem o raio do kissinger a prestar contas pelos ditadores de treta que andou a colocar por toda a Ásia e América Latina durante décadas.

Anónimo disse...

vai num post à parte, os textos da conversa desclassificada há pouco tempo, em que kissinger e ford se encarregam de "construir" a informação de forma a que o uso de armas americanas para eliminar 750 mil timorenses seja considerado "auto-defesa"