quarta-feira, 29 de agosto de 2007

A Europa é mole com o fundamentalismo

Não só é conivente com estes fanáticos anti-semitas, como patrocina a sua actividade. Que o diga o vizinho Max que anda de olho neles já há algum tempo.

Publicidade III - Bill Hicks

Em jeito de conclusão, fica o razoável apelo do comedido Bill Hicks:

Publicidade II - Poluição Visual

Não sei qual é a pena para quem polui visualmente o espaço público em São Paulo, mas uma coisa sei - lá fazê-lo é verdadeiramente proibido. 70% da sua população de 11 milhões de pessoas concorda com esta interdição total e absoluta de publicidade no espaço público. Quantos não gostariam de ser igualmente protegidos noutras publiCidades*.
Quantos não gostariam de se proteger disto:
É uma campanha de greenwashing da Shell, o gigante petrolífero Anglo-Neerlandês cujas refinarias expelem coloridas flores pelas chaminés em vez de fumo. Este anúncio em particular foi retirado - um grupo ecofascistas conseguiu que as hippies autoridades holandesas proibissem a difusão pública da mentira de que a refinaria de Geelong, na Austrália, reciclaria as suas emissões. A refinaria é conhecida pelas suas descargas frequentes na Baía de Corio.

Publicidade I

Há 3 semanas tive a oportunidade de perguntar a uma magistrada qual era a pena prevista para quem pinche uma parede*. Recusou-se a responder-me: "Não vou ensinar-lhe a poluir visualmente o espaço público.", retorquiu. Nem eu precisava que me ensinasse - sei muito bem que se, por exemplo, me der na telha espetar numa praça pública um relógio gigante feito de lantejoulas, com 14 000 Watts de potência luminosa destinadas a atrair o olhar dos transeuntes a qualquer custo, bastar-me-á contactar a JCDecaux para fazê-lo por mim e ainda serei louvado.
Fica assim introduzido o assunto deste artigo: o motivo para esta poluição visual - a actividade profissional que tem como objectivo estabelecer no público poderosas ligações emocionais entre o consumo e a sua felicidade (e da mesma forma, semear nele uma voraz insatisfação).

Descanse o leitor, sei que é imune a estes ardis. Sei bem que as suas dendrites perspicazes filtram singularmente a manipulação, retendo apenas a informação relevante. E é por haver tantos como o caro leitor, é devido a esta manifesta ineficácia da publicidade, que o investimento mundial neste negócio se limita a uns míseros 500 000 000 000 $ anuais.
Se tiver filhos, talvez não esteja tão certo da sua capacidades de resistência. Mas há boas notícias: pode usar esta susceptibilidade em seu favor! Parece que é até possível pôr os fedelhos a lamber os beiços com couves-de-bruxelas - basta embrulhá-las em embalagens Mcdonalds.

[clique na imagem - com uma vénia ao xatoo e aos Ska-P : "did anybody say Mcdonalds?"]

*justiça seja feita, a senhora magistrada teve no entanto a gentileza de me esclarecer que o castigo legal para a referida transgressão não é, como a observação empírica me tinha feito suspeitar, a fractura do antebraço a golpes de cacetete, executada sumariamente no local.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Porque nunca é tarde

Do Imaginário BD

As capas fazem voar. Muitos metros.

Como encentar uma Revolução

[clique na imagem]

Uma cadeira que interessará a todos os betinhos aspirantes a revolucionários. Naquele lugar que os neocons (até os de cá, que se epetitam liberais) asservam ser o Inferno na Terra, Taxachussets (e bem infernal deve ser, com um diabo como Chomsky a lá leccionar).

Rescaldo Estival


O autor desde blogue regressa com um resumo de ocorrências. Nestas férias passadas em casa o autor viu:

  • ... ilustres comentadores classificarem de pobre agricultor um seu vizinho detentor de uma plantação que só este ano valerá para cima de 200 000 € (500 ordenados mínimos). A plantação era de um produto tóxico numa zona que se jactava ser livre de tal poluição. O autor esclarece que não se importaria de ser tão pobre quanto este pobre agricultor.
  • ... uma sua amiga acrescentar uma supérflua consoante ao seu nome de família por forma a ter mais sucesso no mundo das artes plásticas.
  • ... um seu colega pedir respeitosamente a identificação a um polícia do corpo de intervenção da PSP que espancara um turista irlandês, sendo por isto agredido, detido por uma noite e constituído arguido por ofensa à autoridade.
  • ... a sua integridade física ameaçada por um segurança de um bar ao ar livre, por alegadamente ter desrespeitado as normas de etiqueta ao cobrir a sua cabeça com um chapéu.
  • ... a sua integridade física ameaçada por um locutor de uma rádio em Coimbra, desta vez de forma digital (ver post anterior).
  • ... que uma intervenção cívica jamais deve ser exercida por pessoas piolhosas, de rastas, muito menos de camisas mal lavadas, que não contribuem para o PIB na justa medida. E que isto, junto com o tipo de estupefacientes e música* usados pelas ditas, é o essencial da questão, vindo em segundo lugar a sacralidade da propriedade privada e sendo apenas acessórias ao assunto a saúde pública e a agricultura sustentável. Mais, parece ser unânime que quando um grupo de ecologistas, depois de muitos avisos e promessas não cumpridas por parte das autoridades, decide desbastar 1% de um milheiral tóxico, oferecendo como compensação milho biológico e a mão de obra para o replantar, a pena deve ser executada de imediato: o fuzilamento no próprio local (ver vários artigos do blogue Insurgente e o artigo de José Diogo Quintela n'O Público).
  • ... Júlio Carrapato, um conterrâneo a que se permite admirar, e comprou-lhe directamente mais uma obra prima: "Subsídios para a reposição da verdade sobre a guerra civil de Espanha".
  • ... que a Ecovia do Algarve, que ligará esta nação ao resto da Europa por "ciclovia", avança, apesar de em bastantes partes não passar de um traço pintado em estradas feitas para os enjaulados. O autor do blogue, ciclista convicto, rejubila, não acreditando no entanto que se logre o objectivo de completá-la até Novembro.
  • ... a inexistência de progressos neste campo na sua própria cidade, completamente plana, mas onde é um perigo circular de bicicleta.
  • ... que daqui a 2 anos e meio será impossível distinguir a zona ribeirinha de Portimão do Parque das Nações em Lisboa: teleférico, oceanário, insectário, planetário, pavilhão multiusos. O autor promete não esquecer a promessa, e mostrar fotografias da zona nessa altura.
*Aqui os autores dividem-se: um comentador garante que os drogados se bamboleariam ao som dos Da Weasel (aqueles do McDonalds e do Manuel Alegre), outro jura que vibrariam com música psicadélica. Quanto ao tipo de drogas consumidas pelos activistas, enquanto uns desvendam que os jovens fumariam charrinhos, outros vão mais longe e falam em LSD. Dois pontos encontram consenso no comentadoriado nacional: o pragmatismo do chumbo-neles, e o argumento de que estes jovens betinhos desinformados deveriam voltar à Universidade, que lá é que se faz trabalho de protecção ambiental (não obstante o facto dos activistas porta-vozes se terem identificado como engenheiros agrónomos).

domingo, 19 de agosto de 2007

Verde Eufémia

Adenda ao post inicial: recomenda-se a leitura deste e deste artigos a quem veio aqui parar à procura de informações sobre o assunto.
Um grupo de cerca de 100 Heróis despachou a sacralidade da propriedade privada para a puta que a pariu. Ainda há gente com espinha!
O milho Mon 810, já proibido na Alemanha pela sua perigosidade, é um primo do comprovadamente tóxico Mon 863. Ambas as variedades* são criação da magnânime Monsanto, a fabricante de armas químicas, que emprega crianças para lidar com venenos e pesticidas na Índia e já presenteou a Humanidade com a dádiva do Agente Laranja.
Ainda há muito para destruir!

*Não adianta dizer aos vossos filhos para lavarem bem antes de comerem: nos transgénicos os pesticidas estão no próprio alimento!

Ps.: Há um mês agricultores do Algarve protestaram contra a infecção transgénica. Ninguém fez caso. Ninguém lhes ligou. Estamos a falar de gente que produz alimentos saudáveis postos em risco por essas aberrações que contém pesticidas por dentro (é disso de que falamos quando falamos de transgénicos). Uma resposta para certos comentadores que "apoiam as acções desde que não haja invasão da santa propriedade".
(informação parcialmente obtida do blog Zero de Conduta)